Como viver de fotografia

Para viver de fotografia uma pessoa precisa unir capacidades técnicas específicas da área e capacidades de administração do negócio em si. Além disso é preciso estudo, planejamento e orientação. Cada um desses elementos, quando bem fundamentados possibilitarão superação dos obstáculos comuns em qualquer negócio e em especial em atividades criativas e relacionais como a fotografia.

Existem basicamente 3 maneiras de relacionar o dinheiro com a fotografia e cada pessoa leva em conta não só a sua ambição mas também as suas possibilidades. Não existe uma maneira melhor que a outra, o que existe é a maneira mais adequeada para o tipo de vida de cada um. Veja:

Um hobby

Você tem outra fonte de renda. Não precisa ganhar dinheiro com fotografia. Ela é apenas e unicamente uma atividade prazeirosa. Aliás, hobby é isso mesmo, qualquer atividade que seja agradável pra você, sem pretenção de lucro. Pelo contrário, frequentemente um hobby consome dinheiro. E se essa for a sua preferência, a fotografia é um hobby que pode ser bem caro. Mas é uma delícia!

Complemento de renda

Neste caso, você tem outra fonte de renda mas faz um dinheirinho extra com a fotografia. Não chega a ser um negócio, mas é rentável em alguns momentos. Esse é uma opção para muita gente que não quer se desprender de uma carreira atual, mas que quer “testar ser fotógrafo”. É uma ótima opção para quem quer migrar um dia para a fotografia como fonte de sustento total.

Ela é sua principal fonte de renda

Isso é ser fotógrafo profissional, viver financeiramente de fotografia. Você a tem como um negócio, não como um simples prazer (hobby) ou uma renda extra. O pagamento das suas contas depende do seu sucesso financeiro na fotografia. Neste caso é preciso pensar empresarialmente! É preciso planejar, agir e medir. A base de funcionamento de qualquer negócio é o controle dos processos.

As principais dificuldades para se viver de fotografia

Em outro post eu dou alguns conselhos aos fotógrafos iniciantes, mas quando alguém quer ganhar dinheiro com a atividade fotográfica de maneira consistente é preciso encarar o desafio como um empreendimento comercial. E essa mudança de mentalidade não é fácil ou natural para todos. Existem alguns equívocos que é comum vermos acontecendo, são eles:

1. Aprender pouco de fotografia já é suficiente para competir em certo nível de mercado.

Quanto menos conhecimento e treino uma área da fotografia necessita, mais gente estará competindo lá. Tenho um amigo que diz que violão é um ótimo instrumento para se tocar mal. É verdade, alguns acordes básicos e umas “batidinhas”, pronto, a pessoa já se acha. Isso acontece com a fotografia também. Para algumas áreas de atuação, o nível de conhecimento e treinamento necessários para começar é baixo. Isso cria um contingente de fotógrafos “básicos” que tentam ganhar a vida com a atividade mas vão competir com muita gente, e muitos “sobrinhos com câmeras”, por preços muito baixos. A médio prazo, a atividade não se mostra sustentável e logo a pessoa desanima.

2. Não ter uma rotina constante de estudos.

A fotografia exige estudo e treinamento constantes. O brasileiro, via de regra, não é muito afeito aos estudos. A maioria das pessoas não estuda todo dia, não lê, não treina. E é impossível desenvolver-se na fotografia sem educação continuada. Aliás, é provável que não exista nenhuma área que não exija atualização constante hoje em dia. Ler, talvez seja a maior barreira. Começa pelo manual de instruções da câmera. Livros de iluminação, composição, linguagem… menos ainda. As pessoas pagam por cursos e workshops que ensinam o que está disponível de graça no manual dos equipamentos ou em livros de fácil acesso, até mesmo gratuitos na internet.

3. Baixo investimento financeiro no negócio.

Perto de outros negócios, empreender na fotografia é relativamente barato. Mas isso é uma dificuldade?! Já explico. Como negócio, iniciar a atividade fotográfica vai exigir pouco dinheiro: entre 15.000,00 e 20.000,00. Com isso, muita gente entra. Mas ainda assim, existe quem considere esse valor alto e não faz os investimentos iniciais mínimos para se estruturar.

Passando rapidamente pelo investimento inicial do negócio: uma câmera, lentes básicas, flash, cartões de qualidade e quantidade adequadas, um computador adequado, licenças dos softwares necessários (Lightroom e Photoshop), HDs para backups, investimento mensal em Google AdWords, seguro dos equipamentos, cursos necessários, formalização de um CNPJ, livros, um cartão de visitas bem feito, um bom site….

Enfim, esses itens em mais alguns, são o BÁSICO. E ainda pode ser investido ao longo de 6 meses a 1 ano. E do ponto de vista de um negócio, não é caro. É muito pequeno o leque de opções de negócios nesta faixa de investimento. Mas mesmo assim, muita gente não faz o básico e quer que o negócio decole.

4. Não ter um plano de negócios.

Assim como estudar não é um traço que caracteriza o brasileiro, planejar também não é. As pessoas não fazem um plano de negócios realista.

Existe muita gente que entra na profissão com a ideia de que vai investir 10.000,00, vai começar a fotografar e em 1 mês estará ganhando 10.000,00 de volta. Não entendeu o que é empreender. Não calcula corretamente seus custos, não sabe precificar, não sabe divulgar o trabalho, não sabe atender/vender, não estabelece um fluxo de trabalho…. O tempo de estabilização de qualquer pequeno negócio no Brasil, é em média de 3 anos, o que não quer dizer que você precisa deste tempo para ter rendimentos na fotografia. Não, é possível e muito comum que dentro de 6 meses a 1 ano você atinja um bom nível de rendimento.

Mas não crie expectativas irreais. Planeje e trace metas. Depois, cumpra-as! Entretanto, é perfeitamente possível ter um renda de R$ 5.000,00 a R$ 10.00,00 com fotografia em alguns meses, se houver orientação correta e se o empreendedor tiver um senso claro do que quer e o do que precisa para alcançar seus objetivos. Conheça nosso programa de Mentoria para Fotógrafos.

5. A fotografia, em muitas áreas, é supérflua.

Deixei esse item para o fim, para não chocar logo de cara. Mas é fácil concluir isso. Pense, em tempos de crise, o que um empresário ou uma família cortaria do seu orçamento. Será que o serviço fotográfico seria um item nesta lista? Se você está atuando numa área em que as pessoas estão contingenciando o gasto, pense em mudar de área ou diferenciar seu serviços. Se você oferecer o que “todo mundo” oferece, vai ter que cobrar o que “todo mundo” cobra. Entretanto, existem muitos nichos da fotografia que lidam com empresas e negócios de terceiros. Essas empresas não desejam fotografia, elas precisam! Então, uma boa estratégia é ter um mix de produtos/serviços que atenda tanto ao cliente que deseja, quanto ao cliente que precisa de fotografia.

Visto isso, considere que, para VIVER DE FOTOGRAFIA é preciso estudar muito e sempre, encontrar um ou alguns nichos de mercado com públicos específicos, atender à uma necessidade ou desejo real do cliente e estruturar seu negócio com uma mentalidade empresarial sem expectativas irreais e com planejamento. Fora disso, fotografia é hobby, o que também é muito legal, mas não dá dinheiro, consome!

Como evitar esses problemas.

As palavras-chave para desviar dos obstáculos comuns são: estudo, planejamento e orientação. Antes de dar qualquer passo, é muito recomendável que o candidato a empreendedor da fotografia tenha em mente um certo “mapa” da empreitada. Entender onde, como e quanto esforço aplicar em cada sub-área do empreendimento é fundamental.

Vou apresentar a seguir este mapa geral a seguir.

Como iniciar seu negócio na fotografia?

Para iniciar seu negócio fotográfico de forma correta, segura, assertiva, é preciso construir duas bases: uma da fotografia em si, outra do negócio.

É preciso ser bom fotógrafo, claro. Mas não é o conhecimento direto do fazer fotográfico que garante o sucesso do seu negócio. É comum encontrarmos excelentes fotógrafos (do ponto de vista da técnica) que não conseguem administrar um negócio. Da mesma forma que é relativamente comum encontrarmos fotógrafos não tão excelentes que ganham muito bem com seu negócio fotográfico.

Perceba que o cliente espera um certo nível de qualidade sempre. Ser um fotógrafo ruim certamente prejudicará seus planos. Ser bom fotógrafo não é um diferencial, é o básico. Mas o que realmente definirá seu sucesso financeiro na fotografia é a gestão. E não só na fotografia, em qualquer área é assim. A atividade fim é importante e deve ser percebida como plenamente satisfatória pelo cliente, mas uma gestão incorreta é a morte de qualquer empreendimento.

Então, veja as duas grandes bases que você precisa construir para apoiar seu negócio na fotografia: a base técnica e a base administrativa.

Base técnica necessária para ser um bom fotógrafo

1. Técnica fotográfica

Se você não sabe bem o que significa ou como usar no dia a dia termos como distância focal, profundidade de campo, histograma, fotômetro, sensor APS… e muitos outros, é porque você precisa estudar mais sobre a fotografia em si, sobre a técnica relacionada ao equipamento.

2. Composição

A arte de ver. A arte de organizar os elementos da imagem dentro do enquadramento. É uma habilidade que só começa e nunca termina. Todos os grande fotógrafos da história tinham isso em comum, era grandes compositores. O que geralmente chamamos de olhar fotográfico, é em suma composição. Compor bem começa pela habilidade de saber o que e como enquadrar um tema. É a composição que trará eficiência para a comunicação. Fotografar, muito antes de ser uma arte (possível) é comunicação. Quem não compõe bem, não se comunica visualmente.

Temos um curso sobre Leitura de Imagens e Composição Fotográfica.

3. Iluminação

Fotografia é luz desde o nome (photo=luz, grafia=escrita). Sempre que a luz é boa, a fotografia final tende a ser muito melhor. Uma das diferenças entre um fotógrafo “turista” ou amador e um profissional é a capacidade que o profissional tem de ver a luz, antes de ver o assunto. A luz é um objeto de trabalho, estudo e registro na fotografia. Saber identificar, modificar e criar a luz certa para cada cena é algo fundamental, mas incrivelmente descuidado pela maioria das pessoas que começam na carreira.

4. Pós-produção

A fotografia nunca termina na câmera. Ela nunca sai pronta da câmera. Nunca na história da fotografia isso aconteceu. A pós-produção sempre foi necessária, sempre foi parte do processo e sempre foi desejada. Se é que podemos dizer um ponto onde a fotografia termina é no papel, ou no suporte digital a que ela se destina (web, telas, projetores…). Ao contrário do senso comum, a fotografia sempre se beneficia e quase sempre precisa de pós-produção.

Com a atual tecnologia, pós-produção é algo extremamente acessível e impactante na fotografia. Os softwares e aplicativos para dispositivos móveis são incríveis, baratos (ou até gratuitos) e acessíveis. Não há motivo plausível para alguém que se diz profissional na fotografia ou alguém que quer ser um, renegar a segundo plano o tratamento de imagens.

Entenda mais sobre pós-produção na fotografia e sua importância. Se precisar de ajuda específica sobre isso, acesse esse conteúdo.

Base administrativa para sustentar seu negócio na fotografia

Não é preciso ser um gênio nato dos negócios ou um administrador de empresas formado em faculdade para tocar um negócio como a fotografia. Mas os conteúdos gerenciais básicos são essenciais para qualquer negócio. E são eles:

1. Finanças

Para administrar um negócio na fotografia é preciso lidar muito bem com dinheiro. Tanto o dinheiro que se ganha quanto o dinheiro que se cobra. É preciso saber controlar e identificar os custos, formular preços dos serviços, criar propostas comerciais atrativas, ter uma estratégia de descontos e negociação, saber criar reservas com propósitos claros, saber em que, quando e por que investir e acima de tudo saber medir e traçar metas financeiras.

Infelizmente, a lida com o dinheiro é talvez o maior problema dos brasileiros. Sem estratégia, sem método, os controles financeiros (quando existem) são incorretos. É comum eu receber alunos no nosso programa de mentoria que não sabem distinguir corretamente o que é custo, do que é lucro, do que é faturamento, do que é investimento. Caso clássico disso é que a maioria dos fotógrafos acredita que equipamento é investimento e não lucro.

Ter princípios financeiros básicos bem incorporados, ter conceitos bem definidos e entendidos e ter controles financeiros rígidos é fundamental para que o negócio seja sustentável.

Temos um cursos específico de Formação de Preços e Gestão Financeira para Fotógrafos.

2. Atendimento

A fotografia, em quase todos os seus nichos é algo muito pessoal, muito relacionado ao contato fotógrafo-cliente. Atender bem, é muitas vezes um diferencial mais importante que fotografar bem.

Já reparou como, enquanto clientes, somos capazes de pagar mais por um mesmo prato de comida que é oferecido em diversos lugares, por que um desses lugares tem um atendimento que nos agrada mais? O mesmo produto pode, e geralmente tem, preços bem diferentes de um lugar para outro. A diferença muitas vezes está no atendimento.

Para quem quer oferecer uma fotografia mais emotiva como fotografia de família, casamentos, ensaios com crianças… a atenção personalizada ao cliente é algo muito magnético. Para quem quer atender a empresas, com fotografia de gastronomia, e-commerce, produtos em geral…entender bem as necessidades da empresa/cliente é fundamental, honrar prazos, quantidades, especificações, ser interessado pelo interesse do cliente.

Enfim, atendimento pode ser o seu grande trunfo nos negócios. Por isso é preciso aprender a lidar com gente, saber entender as expectativas, traçar propostas realistas e cultivar um relacionamento comercial franco, claro e honesto. Pois mesmo por trás de uma empresa, o que atendemos são pessoas.

Leia também este artigo sobre como fazer atendimento de clientes com excelência.

3. Marketing

Acredite, a maior parte do tempo de um fotógrafo profissional é gasto com ações de marketing. Isso é um fato que muito gente que entra na profissão não imagina. Marketing é estratégia. É um conjunto de ações que transformam um serviço como a fotografia em algo conhecido e desejável. O marketing também trabalha na construção da autoridade do profissional da fotografia.

Para isso, existem diversas áreas dentro do marketing e diversas ferramentas. Mas sobre todas as áreas e as ferramentas está a estratégia. Lembre-se: marketing é estratégia. É à partir da estratégia que se contrói todo o restante.

O centro da existência digital de um fotógrafo é o site. Nunca se esqueça disso. O Marketing Digital é um “ecossistema” complexo, mas o centro de tudo é o seu site! Ele é o seu território, o seu reino, na internet.

4. Organização de processos

Esse é um aspecto do trabalho empresarial que muitos empreendedores passam ao largo. Procurar entender os processos do dia a dia e otimizá-los é um fator de ganho de eficiência incrível. No entanto, vários processos nem ao menos são identificados como tal.

Na fotografia temos vários processos indispensáveis. Tratamento de imagens, rotinas de backup, fluxo de atendimento de clientes, plano diário de publicações em redes sociais, atualização de site/portfólio, controles financeiros e muitos outros.

Quando identificamos um processo, podemos tomar o controle dele e deixá-lo mais eficiente. Com isso os ganhos de tempo, energia e dinheiro são o resultado natural. Entretanto é preciso observar, medir e repensar. Essas são tarefas não fotográficas, são habilidades gerenciais.

Mas e o departamento de vendas?!

Talvez, se você é alguém mais ligado ao mundo dos negócios, tenha estranhado a “ausência” de uma área de vendas aqui na minha lista (finanças, atendimento, marketing e organização de processos). Mas não se preocupe, eu não estou deixando vendas de lado, muito pelo contrário, eu apenas estou aplicando aquilo que eu vivo e ensino: vendas não é um departamento é um alvo. Tudo o que acontece numa empresa em termos de ações deve conduzir para a realização das vendas. Ver o dinheiro entrando é o objetivo mais básico. É com ele que uma empresa cumpre a sua missão. Vou falar mais disso no final do artigo.

Quando criamos uma campanha de marketing, queremos que ela termine em uma ou muitas vendas. Quando fazemos um atendimento bem feitos, estamos em busca de adquirir um novo cliente ou fazer um cliente já cativo comprar mais. Quando criamos nossos controles financeiros, preços, planos de serviços e política de descontos, estamos visando o fechamento de mais negócios. Quando criamos, refinamos ou eliminamos processos diários da empresa, queremos que ela fique mais eficiente a cada dia para que mais vendas e mais lucro possa ser alcançado.

Logo, tudo na gestão de uma empresa acontece visando vendas. Vendas não é um departamento, é um alvo, um objetivo diário.

Mas e o departamento de Recursos Humanos?!

Nesta nova economia que vivemos, os modelos de negócios são tão variados, tão múltiplos, interdependentes e flexíveis que é de se pensar que cada pessoa pode e deve se comportar como uma pequena empresa. No seu universo pessoal de trabalho, você pode adotar um “design empreendedor”. A função que cada pessoa desempenha em um negócio ou numa cadeira produtiva é, em si, uma “empresa”.

Nas atividades criativas como a fotografia, isso é especialmente verdade. A quantidade e a variedade de combinações que podemos fazer entre pessoas e empresas criativas é enorme. E cada dia surgem novas possibilidades.

Quando a atividade-fim é criatividade o insumo de maior valor é o talento humano. As ferramentas ajudam, os processos estabilizam, o planejamento dá direção, mas nada disso é mais impactante que pessoas tendo ideias criativas. Isso é o tesouro de uma empresa que lida com arte, comunicação e serviços, como no caso da fotografia.

Sendo assim, é base pressuposta, a administração dos relacionamentos pessoais e comerciais entre os funcionários ou parceiros de negócio. Na fotografia é muito frequente a relação entre empresas de uma só pessoa. Fotógrafo, diagramador, impressor, designer, diretor de arte, gestor de eventos…E isso não é nem ruim, nem bom em si, é apenas comum. Os papeis “funcionário” e “patrão” se fundem e frequentemente são a própria empresa.

Podemos concluir que empreender em uma atividade como a fotografia é acima de tudo, criar uma mentalidade empresarial. É fundar um empresa dentro de você. É “empresariar” uma pessoa: você mesmo.

Isso não quer dizer que com o tempo seu negócio não possa crescer e abrigar colaboradores formalmente. Muito pelo contrário, queremos sempre que um negócio se amplie. Mas se um fotógrafo consegue ser uma empresa de uma só pessoa, com eficiência e habilidade administrativa, vai conseguir realizar ainda muito mais quando constituir uma equipe por que irá enxergar cada membro da equipe como uma empresa em si. E como toda empresa, sempre pode ser aprimorada, expandir e realizar melhor a sua missão.

Unindo gestão e fotografia

Como você pode estar percebendo até aqui, co-existem dois campos de atuação, dois mundos: o da fotografia (mais artístico/expressivo) e o da administração (mais estruturante/estratégico).

Se você quer viver de fotografia, quer ter essa atividade como fonte de renda, ou seja, ser um fotógrafo profissional, é preciso tomar consciência desses dois lados que compõe o negócio. É preciso entender que um sustenta o outro. O projeto é completo quando ambos estão bem fundamentados, em constante desenvolvimento e equilibrados. Não há efetivamente conflito entre o mundo da estética/arte com o mundo da gestão do negócio. Pelo contrário, encontrar o equilíbrio entre essas duas forças é a chave para prosperar e desfrutar de uma profissão incrivelmente gratificante como a fotografia. Mas é preciso método pra tudo isso!

A questão do dinheiro

Bem, o dinheiro é o início de tudo. Pode parecer que ele seja o fim, se você for do tipo bem capitalista e bem mercadológico. Mas ele é o início, para pessoas com perfil mais artístico e para pessoas com perfil mais gerencial.

Explico: o dinheiro está para a empresa assim como o ar está para o nosso corpo. Não vivemos para respirar, mas sem respirar não vivemos. Da mesma forma uma empresa não vive simplesmente para ganhar dinheiro (não, algumas vivem!), ela vive para uma missão, mas precisa de dinheiro para cumprir a sua missão, mesmo que essa missão seja ganhar mais dinheiro. O dinheiro, a entrada de recursos, é o que permite a existência de um empreendimento. Sendo assim, é fundamental que o dinheiro seja encarado de forma mais saudável e mais funcional dentro desse sistema todo.

Se você quer se capacitar melhor neste aspecto do seu negócio, considere participar do nosso Curso de Formação de Preços e Gestão Financeira para Fotógrafos. É um curso de baixo investimento financeiro para vocês, mas que lhe trará grande ganho de tempo e evitará muitos erros pelo seu caminho.

Se você deseja ter uma empresa que trabalha com fotografia para algum fim “mais nobre”, eu só tenho que lhe dar os parabéns. Creio que toda empresa que trabalha com uma atividade criativa deveria existir para levar o belo, o sensível, o estético ao mundo. Ele precisa muito disso. Digo isso não somente sobre empresas de fotografia, mas de artes plásticas, arquitetura, música, dança, gastronomia, educação… eu gostaria de ver muito mais empreendedores destas áreas com pujança financeira para levar a sua mensagem e sua obra a mais pessoas.

Para que isso possa ser cada dia uma realidade mais presente no mundo, é preciso desenvolver as habilidades e as competências dos gestores destes negócios. Mesmo que o negócio seja formado apenas por esse gestor, uma empresa de uma pessoa só.

Enfim, essa é a missão do nosso trabalho: difundir, fomentar, treinar as habilidades gerenciais para profissionais criativos. Se você quer saber mais sobre isso, pode começar por aqui.

Temos também um grupo no Whatsapp com conteúdo diário e gratuito sobre negócios na fotografia! Participe!

CHARBEL CHAVES
CHARBEL CHAVES

Fotógrafo e Professor de Fotografia desde 2010. Desenvolve trabalhos autorais, comerciais e educacionais simultaneamente. Autor do livro "Jornada: As histórias que as fotografias contam"

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